o "aborto"
Um tema que é abordado com muita polémica nos dias que correm é, de novo, a interrupção voluntária da gravidez, mais conhecido por “aborto”. Este é um tema que preocupa também os jovens e principalmente as jovens, visto que se alguma coisa de anormal acontecer, estas estão mais desprotegidas do que qualquer mulher adulta, que porventura terá mais experiência, ou até terá um marido em quem se apoiar. Enquanto que, como é sabido, uma jovem será não só discriminada como desprezada, pelos amigos, conhecidos e em certos casos até pela família.
Assim, urge informar os jovens (e todas as outras pessoas) do que realmente se passa, visto que os “senhores” que discutem este assunto em praça pública, apenas resumem (ou querem resumir) a questão a “aborto: sim ou não”. Ora isto está errado.
O que temos neste momento, e falo da lei, é o seguinte: A actual lei permite o aborto legalizado, a qualquer momento, se esse for o único meio para remover o perigo de morte ou de lesões graves da mãe. Até 12 semanas se isso mostrar indicado para evitar a possibilidade deste tipo de acontecimentos, período que sobe para 24 semanas se o problema estiver relacionado com o feto e até 16 semanas se houver violação ou outro tipo de crime sexual.
Assim sendo, não está em causa “aborto: sim ou não” porque ele de facto pode existir, apenas dentro de certas condicionantes, até porque para tudo tem de haver “limites”, principalmente para uma questão tão sensível como esta. Sim, porque estamos a falar de um ser humano. Assim, para prevenir que (permitam-me ser violento) se andem por aí a tirar a vida a seres humanos, a torto e a direito, temos de ter limites.
A meu ver, deve portanto ser discutido e votado em referendo, um possível aumento dos prazos, ou até a liberalização total durante as primeiras 12 semanas de gravidez sem qualquer justificação física ou psíquica por parte da mãe. Agora, a liberalização total, é para mim um grande erro que levará à utilização do aborto como meio contraceptivo frequente, o que é no mínimo reprovável.