26 novembro, 2003

Castro Fernandes acordou !!! agora ?!

Presidente da Câmara de Santo Tirso Acusa Governo de Discriminar o Concelho

O presidente da Câmara de Santo Tirso criticou ontem o Governo e os partidos da maioria que o suportam por não terem incluído no Plano de Investimentos e Despesas para Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para o próximo ano, um conjunto de obras que qualificou como "fundamentais" para o desenvolvimento do concelho.

O edil lembrou que, no ano transacto, tinha apresentado treze propostas para inclusão no Plano, mas ficaram todas de fora. Este ano, Castro Fernandes, contactou membros do Governo e todos os grupos parlamentares para repetir o lote de pretensões e o resultado voltou a ser frustrante. Acresce que o PIDDAC tem uma dotação global, menor este ano. O Estado pensa investir pouco mais de oito milhões de euros em Santo Tirso quando em 2003 a estimativa ultrapassava os dez milhões e 800 mil euros. "Vão brincar com os cucos!", desabafou.

Castro Fernandes ficou particularmente irritado com o facto de o Governo ter deixado cair a construção de um novo hospital em Santo Tirso. O PIDDAC de 2003 escalonava pelos anos seguintes um investimento total de quase cinco milhões de euros (até 2005), mas o Plano consagra 278 mil euros de investimento para o hospital local e não prevê mais gastos no futuro. Ao contrário, introduz um investimento com a remodelação do actual serviço materno-infantil (dotação até 2005 de um milhão e 600 mil euros) o que, no entender do presidente da câmara, dá a entender que o projecto do novo hospital "foi por água abaixo". "Há alguns anos, um partido político promoveu uma manifestação em frente ao hospital por causa da construção da nova unidade ter saído do PIDDAC. Não sei se é por esse partido estar agora no Governo, mas não me consta que esteja preparada mais uma manifestação", ironizou

Em conferência de imprensa, Castro Fernandes enumerou mais exemplos de obras não contempladas: o desnivelamento do nó da estrada nacional 105 (ligação de Santo Tirso a Guimarães), a edificação da barragem no rio Leça (percorre 14 quilómetros no concelho tirsense), as construções da ligação do IC 24 ao aeródromo de Vilar de Luz e à ponte de Reboreda, das escolas EB 2,3 na cidade e profissional agrícola, de uma Casa da Juventude e do Instituto Politécnico do Ave.

A nova esquadra da PSP de Santo Tirso não constava do documento inicial, mas acabou por ser incluída na proposta final do PIDDAC, fruto de uma alteração aprovada na comissão que debateu, na especialidade, o Orçamento de Estado. A construção de uma esquadra foi combinada há vários anos com o então ministro da Administração Interna, Fernando Gomes. A autarquia cedeu o terreno, mas o processo não avançou até agora. Curiosamente, frisou Castro Fernandes, o PIDDAC para 2004 contempla o investimentos de uma esquadra na Trofa (onde não existe PSP) e inclui em Santo Tirso a despesa com a extensão de saúde de Alvarelhos, uma localidade trofense.

Outra das reivindicações da autarquia- a construção da escola básica integrada em S. Tomé de Negrelos- vai arrancar somente em 2005, soube Castro Fernandes num contacto com a Secretaria de Estado da Administração Educativa. O acordo entre a autarquia e o Ministério da Educação já foi assinado há três anos, tendo a edilidade adquirido o terreno para o efeito, por 350 mil euros.

Entretanto, o presidente da câmara anunciou que, no próximo dia 7, o secretário de Estado da Cultura desloca-se a Santo Tirso para visitar o cine-teatro e o mosteiro de Vilarinho, dois imóveis que necessitam de obras e foram alvo de um recente requerimento do deputado Abílio Costa (PSD) remetido ao ministro da Cultura.

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