22 maio, 2005

DES(tacar a)EDUCAÇÃO

No Mundo em que vivemos, a Educação tem um papel vital, que deverá permitir aos cidadãos um crescimento nas suas diferentes dimensões. Deve ter lugar em diversos espaços que vão para além da escola, e que cada vez mais deve ser concretizada ao longo da vida.

Os Professores

Mas o primeiro, e principal espaço educativo é escola, e é na escola que os professores têm um papel fundamental na educação dos alunos. Casos há, em que os professores são até a única pessoa que pode educar o aluno. O papel do professor na sociedade é muito importante, mas hoje em dia, os próprios professores não se apercebem disso.

A propósito do tão falado concurso dos professores, “veio à baila” o problema que há em relação aos destacamentos. Isto porque existem vários pedidos de destacamento falsos (que são pedidos com atestados falsos) de professores que querem ultrapassar “pela direita” os colegas. Chega-se ao cúmulo de haver professores com problemas e deficiências aos quais não é dado o destacamento, em detrimento de outros com falsas deficiências ou falsos problemas.

Ora, como podem estes “falsos” professores, sem princípios, sem valores e até sem escrúpulos, ensinar seja o que for às nossas crianças e aos nossos jovens. A escola não se esgota nos livros, programas ou notas. É muito mais do que isso, ou pelo menos, deveria ser.

Exige-se uma mudança na maneira de pensar de todos os intervenientes no processo educativo (Professores, Alunos e Encarregados de Educação). É preciso dar à Educação o valor que esta realmente tem na vida de um jovem, valor esse que é muito maior do que qualquer objecto material que se lhe possa oferecer.

A Autarquia

Outros dos responsáveis pela Educação são as Autarquias. É obrigação das Autarquias, em colaboração com o Poder Central, proporcionar a todos os cidadãos uma sólida formação de base, capaz de garantir o justo e livre acesso dos jovens à Educação, como forma privilegiada de ingresso numa carreira promissora, e acima de tudo de uma salutar inserção social.

Assim as Autarquias deveriam:

- Elaborar um documento para caracterizar a evolução do sistema educativo, traçar o quadro retrospectivo e prospectivo da procura de ensino e avaliar os níveis de escolarização, de sucesso e de abandono.

- Criar um Conselho Municipal de Educação de modo a definir – conjuntamente com os agentes educativos (Professores, Alunos e Encarregados de Educação) – uma verdadeira e sustentada política de educação.

- Criar salas polivalentes em todas as Escolas Pré-Primárias e nas Escolas do 1º Ciclo que possibilitem o convívio e a prática desportiva dos alunos.

- Incluir nos planos curriculares escolares do 1º Ciclo o ensino da Educação Cívica, Educação Física e da Informática.

- Criar refeitórios, sempre que solicitados pelos Encarregados de Educação, nas Escolas Pré-Primárias e nas Escolas do 1º Ciclo.

- Alargar a todos os graus de ensino os Programas de Apoio aos Alunos mais carenciados.

- Apoiar as Associações de Estudantes na realização dos seus planos de actividades.

- Proporcionar as condições necessárias, pugnando junto do Poder Central pela implementação do Ensino Superior Politécnico no Concelho.

- Organizar acções de sensibilização / seminários / workshops sobre temas de interesse para docentes e discentes.

- Criar vínculos efectivos de intercomunicação e apoio entre os mundos educativo e laboral.

- Estabelecer fortes parcerias entre a Autarquia e as Escolas na candidatura a programas de apoio no âmbito da Educação, da Cultura e da Juventude.

Estas são algumas das medidas que se mostram, entre outras, fundamentais para que possamos proporcionar uma Educação com qualidade às crianças e aos jovens. Eles que são o nosso futuro, e que merecem ter algo mais do que uma mochila carregada de livros. Mais uma vez, a Educação não se esgota nos livros, programas ou notas, é muito mais do que isso.

Urge apostar na Educação como o pilar de uma sociedade equilibrada, tomando medidas diversificadas. Apostar numa política educacional baseada na igualdade de oportunidades, na liberdade, na solidariedade e na qualidade.
Assim, poder-se-á assegurar a todos os cidadãos, o desenvolvimento integral e harmonioso das suas potencialidades e a possibilidade de contínuo aperfeiçoamento, de acordo com os seus desejos e as necessidades.

by Luis Almeida Santos, in "Notícias de Santo Tirso"

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